=> Sob a perspectiva de Pablo Gentili, autor da Pedagogia da Exclusão e defensor de uma Pedagogia da Esperança.
Segundo a visão crítica do educador Pablo Gentili, a educação na América Latina, na qual se insere a Escola Brasileira, sofreu nos últimos anos uma expansão quantitativa, visando a inclusão de camadas sociais tradicionalmente excluídas da escola.
Segundo a visão crítica do educador Pablo Gentili, a educação na América Latina, na qual se insere a Escola Brasileira, sofreu nos últimos anos uma expansão quantitativa, visando a inclusão de camadas sociais tradicionalmente excluídas da escola.
Entretanto, essa nova escola,
fundamentada em uma pedagogia da exclusão, apresenta uma função
social distorcida sob a forma de políticas inclusivas
assistencialistas, que afastam os sujeitos de seu direito à
dignidade.
A Educação Solidária deve
ser entendida como aquela em que haja garantia de direitos, redução
de desigualdades, luta contra discriminação e participação
social, considerando que solidariedade é sinônimo de compromisso
social e de luta pela transformação da sociedade.
Para a Pedagogia da Esperança,
a função social da escola deve ter caráter emancipatório,
opondo-se à vertente reprodutora e assentando-se sob os princípios
de justiça social, igualdade e cidadania.
=> Sob a perspectiva de José Geraldo Silveira Bueno, doutor em Educação (História e Filosofia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Para Bueno a função social
da escola é a de formação
das novas gerações em termos de acesso à cultura socialmente
valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito
social. Cabe à escola
dar conta tanto do
acesso à cultura como de se constituir em espaço de convivência
social que favoreça e estimule a formação da cidadania.
Para isso a escola
possui formas de organização, normas e procedimentos que não são
meramente aspectos formais de sua estrutura, mas se constituem nos
mecanismos pelos quais podemos permitir e incentivar ou, ao
contrário, inibir e restringir as formas de participação de todos
os membros da comunidade escolar. O pano de fundo da participação
são as três funções primordiais da escola: acesso à cultura,
formação da cidadania e espaço social.
Porém tais
funções variam de
acordo com a história da cada escola, como
por exemplo, em relação
à escola pública, que
pode ser vista como
sendo aquela que, voltada fundamentalmente para a educação das
crianças das camadas populares, tem
cumprido
o papel de reprodutora das relações sociais e de apoio à
manutenção do status quo.
Nesse sentido, a escola deve
ser entendida como espaço de resistência, em que se consegue
pequenos ganhos, mas que, se forem constantes e contínuos, poderão
contribuir tanto para elevação da qualidade do ensino em geral como
se constituir em formas de embates contra políticas educacionais que
desconsideram a qualidade de ensino.
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